O direito do doente de escolher o médico que o acompanhará ao longo do seu percurso de saúde é um tema relevante e complexo. Numa sociedade em que a medicina avança a passos largos e a relação médico-paciente é cada vez mais central, a capacidade de escolha do doente assume um papel crucial. Neste artigo de opinião, exploraremos a importância desse direito e os benefícios que ele pode trazer. E relembramos que o BestDoc pode ter um papel auxiliar nessa escolha.
O Direito à Escolha do Médico
O Código Deontológico da Ordem dos Médicos estabelece que o doente tem o direito de escolher o seu médico. Este princípio reconhece a autonomia do doente e a sua capacidade de tomar decisões informadas sobre a sua saúde. Afinal, ninguém conhece melhor o seu próprio corpo e as suas necessidades do que o próprio doente.
Na Medicina Particular, ou privada, isto é ainda mais verídico. No entanto, muitas vezes o doente não está informado ou tem capacidade para decidir qual o melhor médico para si.
Benefícios da Escolha do Médico
- Confiança e Relação Médico-Doente: Quando a pessoa tem a oportunidade de escolher o seu médico, cria-se uma base sólida de confiança e empatia. A relação médico-doente torna-se mais próxima e colaborativa, o que é essencial para um seguimento eficaz.
- Conhecimento Individualizado: Cada pessoa é única, com características físicas, emocionais e culturais distintas. O médico certo deve ser capaz de compreender essas nuances e adaptar o tratamento de acordo com as necessidades específicas do doente.
- Segunda Opinião: O direito de obter uma segunda opinião é fundamental. Permite à pessoa complementar a informação sobre o seu estado de saúde, garantindo que a decisão tomada seja a mais esclarecida possível.
- Melhor Adesão ao Tratamento: Quando o doente confia no seu médico, é mais provável que siga as orientações e adira ao tratamento prescrito. A escolha do médico certo contribui para uma maior adesão terapêutica.
Desafios e Realidade
Apesar do princípio da escolha do médico, a realidade nem sempre corresponde à teoria. Fatores como a disponibilidade de especialistas, listas de espera e sistemas de saúde sobrecarregados podem limitar a efetivação desse direito. Além disso, muitos doentes preferem que o médico tome decisões por eles, optando por um papel mais passivo.
A assimetria de informação que existe na área da Medicina por vezes impede que os doentes tomem a melhor opção. O BestDoc pretende ajudar a reduzir essa assimetria e harmonizar um pouco a capacidade de o doente procurar e obter a ajuda de que realmente precisa.
Conclusão
A escolha do médico certo é um direito fundamental do doente. Embora existam desafios, é essencial que se promova a informação e a consciência sobre este direito. Afinal, a saúde é um bem precioso, e a relação com o médico pode fazer toda a diferença no percurso de tratamento e recuperação.
Bibliografia
- Código Deontológico da Ordem dos Médicos. Disponível em: Ordem dos Médicos.
- Direitos e Deveres do Doente. Hospital Lusíadas Lisboa. Disponível em: Hospital Lusíadas Lisboa.
- Maioria dos doentes prefere que seja o médico a decidir. Universidade do Porto. Disponível em: Universidade do Porto.