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Compreendendo a Fibrose Pulmonar Idiopática

Compreendendo a Fibrose Pulmonar Idiopática

  • 19 de Maio, 2024
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A fibrose pulmonar idiopática (FPI) é uma doença crónica em que o tecido pulmonar normal é substituído por tecido fibrótico, muito semelhante a uma cicatriz. Este tecido fibrótico não funciona de forma normal, e é muito pouco eficaz a realizar as trocas de gases no pulmão, dificultando a passagem do oxigénio do ar atmosférico para o sangue e do dióxido de carbono no sentido inverso.

Embora a FPI seja uma patologia grave, a intervenção médica adequada pode proporcionar melhoria significativa na qualidade de vida dos doentes.

 

Fatores de Risco da fibrose pulmonar

A palavra “idiopática” significa que a causa exata da doença é desconhecida. No entanto, sabe-se existirem alguns fatores de risco:

Idade: a FPI é mais comum em pessoas com mais de 50 anos.

Género: os homens são mais frequentemente diagnosticados do que mulheres.

História familiar: a existência de um familiar com um diagnóstico de fibrose pulmonar (idiopática ou outra) aumenta o risco de desenvolver fibrose.

Tabagismo: fumar ou ter fumado no passado é um fator de risco significativo.

Exposição ocupacional: a exposição prolongada a poeiras, gases ou outras toxinas pode contribuir para o desenvolvimento desta doença.

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Como se manifesta a fibrose pulmonar

A fibrose pulmonar idiopática é uma doença progressiva, que numa fase inicial pode não apresentar sintomas, mas que, com o passar do tempo se associa a:
 

–  Tosse: principalmente seca (sem expetoração), por vezes associada a uma sensação de “catarro” que não se consegue libertar. A tosse pode surgir associada ao esforço ou em repouso, e é persistente;

Falta de ar e cansaço: inicialmente apenas para grandes esforços como pegar em pesos, apressar o passo ou correr, subir longas escadarias ou rampas. Com o evoluir da doença, a pessoa começa a sentir falta de ar em situações cada vez menos exigentes (caminhar alguns metros, inclinar-se para a frente) e pode, numa situação mais avançada, ter falta de ar até sem realizar qualquer esforço (dispneia em repouso);

Perda de peso: muitas vezes os doentes com fibrose pulmonar notam uma perda de peso, e particularmente uma perda de massa muscular não explicada. A própria falta de ar leva a pessoa a diminuir grandemente a sua atividade física, o que contribuiu para a atrofia muscular muito associada à doença.

 

O diagnóstico complexo da Fibrose Pulmonar idiopática

O diagnóstico desta doença passa pela realização de vários exames complementares:

Radiografia torácica: exame pouco específico, mas que permite identificar formas mais grosseiras de fibrose;

Provas de função respiratória (espirometria / pletismografia / estudo de difusão de monóxido de carbono, gasimetria arterial): avaliam a capacidade dos pulmões em movimentar o ar e a eficácia das trocas de oxigénio e dióxido de carbono;

TAC de tórax de alta resolução: o exame radiológico preferencial, que avalia de forma detalhadas as características da fibrose / cicatrização;

Biópsia pulmonar (minimamente invasiva ou cirúrgica): em casos específicos pode ser necessária a recolha de uma amostra de tecido pulmonar para análise.

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Como se trata a fibrose pulmonar

Apesar de não ter cura e de levar a sintomas incapacitantes, quando diagnosticada numa fase precoce a FPI pode estar associada a uma melhor qualidade de vida.

O acompanhamento por um Pneumologista é fundamental de forma a realizar um diagnóstico rápido, a manter um seguimento apertado da doença, e a instituir a terapêutica adequada que passa por:

–  Medicamentos antifibróticos: conseguem atrasar o desenvolvimento da fibrose e o avançar da doença, estando potencialmente associados a um aumento da qualidade de vida.

Oxigenoterapia: ajuda a manter níveis adequados de oxigénio no sangue, melhorando a qualidade de vida e a capacidade de realizar atividades diárias.

Reabilitação pulmonar: programas de exercícios supervisionados que ajudam a melhorar a função pulmonar, a força muscular e a resistência.

Transplante de pulmão: pode ser considerado para pessoas com FPI avançada que não respondem adequadamente a outros tratamentos.

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Uma nota final

Compreender a fibrose pulmonar idiopática e estar ciente das opções de tratamento disponíveis é fundamental para qualquer pessoa diagnosticada com esta doença ou para quem cuida de alguém com FPI.

Com o conhecimento e o acompanhamento adequados, é possível viver uma vida mais completa e satisfatória, apesar dos desafios que a doença impõe.

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