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Dia Nacional do Utente de Saúde: a importância de escolher o médico certo para si

Dia Nacional do Utente de Saúde: a importância de escolher o médico certo para si

  • 26 de Abril, 2024
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Uma questão de Saúde e Confiança

Como utentes de serviços de Saúde, por vezes, subestimamos o verdadeiro impacto que a escolha do médico certo pode ter no, por vezes complicado e longo, processo de diagnóstico ou tratamento da nossa situação ou problema. Não raras vezes, em face de um problema de saúde que nos preocupa, temos a confiança de que o primeiro médico que esteja disponível, e que consigamos agendar, irá resolver o nosso problema, e que a rapidez no acesso é o mais importante de tudo.

No entanto, nem sempre isto resulta num melhor resultado ou numa jornada efetivamente mais rápida, por diversos motivos. Não se trata apenas de uma questão de habilidade técnica, ou do conhecimento teórico por parte do profissional, mas sim pelo facto desse médico, na realidade, poder não ser o especialista mais dedicado a determinada área ou, porque também ocorre, as características de comunicação e condução da consulta não são as ideais para a pessoa que procura ajuda. Quer o médico, quer o doente, ambos têm a sua personalidade e as suas particularidades.

 

A importância da relação médico-doente

É importante reconhecer que cada pessoa possui um conjunto único de necessidades emocionais e de expectativas que precisam ser consideradas. Uma pessoa quando está doente, ou preocupada com uma eventual doença, ainda mais sensível poderá estar a estas experiências.

Um médico que se destaca na sua especialidade ou nos seus diagnósticos brilhantes, mas tem dificuldade em estabelecer uma comunicação eficaz, pode inadvertidamente comprometer o desenrolar da consulta ou do tratamento. Por todo o brilhantismo que tenha, poderá não conseguir satisfazer a angústia e a fragilidade que o doente sente.

No entanto, o estilo de um médico pode ser perfeito para uma pessoa, mas pode ter um impacto negativo para o doente seguinte.

E essa reação negativa não se deve a um erro ou a algo efetivamente negativo atribuível ao médico, mas sim, por exemplo, porque a expectativa do utente era a de ter uma explicação mais demorada ou com palavras mais simples, ou mesmo uma abordagem diferente na decisão sobre o plano de tratamento. E nem sempre é fácil haver um encontro perfeito: há doentes que querem ser guiados em todo o processo, enquanto outros pretendem ter um papel mais ativo.

Por outro lado, os médicos que investem tempo para entender e verdadeiramente compreender os seus utentes, não só exponenciam positivamente o nível de confiança por parte da pessoa, como também podem influenciar a adesão ao tratamento e a disposição do doente para seguir as orientações médicas. Infelizmente, muitas vezes, a pressão para não atrasar as consultas em demasia, ou limitações organizacionais, dificultam que os médicos consigam praticar esta estratégia.

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Para além disto, a empatia e a capacidade de ouvir são qualidades indispensáveis. Os doentes que se sentem ouvidos e compreendidos apresentam uma maior probabilidade de expressar as suas reais preocupações ou queixas, permitindo que o médico faça diagnósticos mais precisos e desenvolva planos de tratamento mais eficazes. Neste cenário, a Medicina transcende a aplicação de procedimentos padronizados,  adaptando-se às nuances individuais de cada ser humano.

Por isso, a escolha do médico por parte do utente não deve basear-se apenas em recomendações ou na reputação científica. É importante que o doente conheça verdadeiramente o médico em que vai confiar, uma vez que, muitas vezes, será uma relação que irá perdurar.

Isto consegue-se obtendo o máximo de informação possível: com a informação do currículo, avaliações por parte de outros utentes, o “passa a palavra” ou recomendações de amigos e conhecidos, mas também com a leitura de artigos de opinião assinados pelo médico ou visualização dos conteúdos nas redes sociais dos médicos.

Fazer esta escolha de um modo consciente é um passo fundamental para garantir que a jornada médica seja não apenas sobre curar, mas também sobre cuidar.

 

Qual a importância para o utente dos cuidados de saúde?

Em conclusão, enquanto utentes de cuidados de saúde, devemos procurar profissionais que dominem, não só, as suas áreas de especialização, mas também que nos tratem e olhem como indivíduos únicos.

Afinal, a Medicina é, na sua essência, um serviço prestado à Humanidade, mas centrado em cada um de nós.

 

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