Cancro Colorretal: Uma luta constante pela sua deteção precoce e avanço no Tratamento
- 16 de Março, 2024
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O cancro colorretal, que afeta o cólon (intestino grosso) e/ou o reto é um dos tipos de cancro mais comuns e mortais em todo o mundo.
A sua incidência varia significativamente entre homens e mulheres, posicionando-se como o terceiro tipo de cancro mais frequente nos homens, logo após o cancro da próstata e do pulmão, com uma taxa de incidência de 54,2 por 100.000 pessoas-ano. Nas mulheres, ocupa o segundo lugar, seguindo-se ao cancro da mama, com uma taxa de 36,8 por 100.000 pessoas-ano.
Avanços significativos no seu tratamento
Nos últimos anos, temos testemunhado um progresso nos resultados de sobrevivência do cancro colorretal, graças à evolução das técnicas cirúrgicas, avanços na imagiologia e radioterapia, bem como o desenvolvimento de novos fármacos que complementam a quimioterapia clássica.
Estes avanços têm permitido não apenas uma maior eficácia no tratamento, mas também uma melhoria significativa na qualidade de vida dos doentes.
Causas e fatores de risco
Apesar da causa exata do cancro colorretal permanecer desconhecida, diversos fatores de risco foram identificados, incluindo a idade avançada, uma dieta pobre em frutas e vegetais, alto consumo de carnes processadas, inatividade física, excesso de peso, tabagismo, comorbilidades como doença inflamatória intestinal e diabetes tipo 2, e uma história familiar de cancro.
Sintomas a observar
Os sintomas do cancro colorretal podem variar, incluindo alterações de novo nos hábitos intestinais (como obstipação ou diarreia), presença de sangue nas fezes, dor abdominal, fadiga e perda de peso inexplicado.
É importante estar atento a estes sinais e sintomas e procurar orientação médica se persistirem por mais de algumas semanas.
A importância do diagnóstico precoce
O cancro colorretal tem normalmente uma evolução lenta, desde o aparecimento de uma lesão pré-maligna até à transformação em cancro.
Esta característica é determinante para o seu rastreio uma vez que permite detetar lesões pré-malignas (ex.: pólipos), bem como lesões malignas precoces que podem ser removidas.
Os programas de rastreio populacional são essenciais, direcionando-se geralmente a indivíduos entre os 50 e os 74 anos, através da pesquisa de sangue oculto nas fezes e, se necessário, a realização de uma colonoscopia.
Desafios atuais e futuros
Apesar dos avanços, enfrentamos ainda desafios significativos, como a necessidade de aumentar a consciencialização sobre a importância do rastreio e superar as barreiras de acesso ao tratamento.
A investigação continua a ser fundamental para conhecer melhor a doença e desenvolver tratamentos mais eficazes e menos invasivos.
O cancro colorretal representa um desafio complexo, mas com a detecção precoce e os avanços no tratamento, há esperança de melhores resultados para os doentes. É essencial que tanto os indivíduos como os profissionais de saúde permaneçam vigilantes e comprometidos com as estratégias de prevenção e rastreio, abrindo caminho para um futuro onde o cancro colorretal possa ser cada vez mais uma doença tratável, senão evitável.
Referências
1. American Cancer Society: “ACS releases colorectal cancer estimates for 2024”.(https://www.cancer.org).
2. Organização Mundial da Saúde (OMS): “Colorectal cancer (https://www.who.int).
3. Nature Reviews Gastroenterology & Hepatology: “Changing epidemiology of colorectal cancer — birth cohort effects and emerging risk factors”. (https://www.nature.com/articles/s41575-019-0208-6).
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